quarta-feira, 16 de maio de 2007

Divagando sobre Beethoven

E cá estamos em mais um dia...
De todos os compositores o que mais me atrai é Beethoven,eu literalmente me encontro em sua música em suas sinfonias,na terceira,aquele segundo movimento aquela marcha que de fúnebre nada tem,antes (meio subjetvo isso,mas pra mim eu a sinto assim) uma caminhada a passos largos pra algo sublime, sobre-humano..longe de tristeza uma alegria selvagem em partir,deixar este lugar e ir desbravar algo desconhecido...arder no fogo da própria existencia... se dar em sacrificio pra algo muito maior...
Caminhada que novamente aparece no segundo movimento da quinta,agora mais doce,apaixonado...como quem flerta com o infinito...A Sétima (2º movimento tb),uma súplica ora doce, ora insistente,desperada,um desejo de algo que parece inatingivel..pra se concluir na Nona,invadir os santuarios da Alegria,deixar essa existencia pra não ser mais carne...um clamor que começa novamente no segundo movimento,uam alegre marcha,ora descansando ora correndo,mas sem nunca parar,sem nunca desistir...no terceiro uma meditação,uma retrospectiva de tudo pra no inicio do quarto movimento,primeiramente,com suavidade o mumurio dos cellos cantando o tema,para depois com paixão com o coro cantando o mesmo tema,cantando o amor , a amizade, a fraternidade...pra no ultimo momento o tenor clamar a existencia do Sentido de todas as coisas,...gritar, misto de alegria e dor o sentido da existencia do homem....o desejo de alcançar o seu Criador , se atirar com determinação no Desconhecido,na Grande Solidão,na Existencia que não pode ser descrita,na Alegria que não pode ser compreendida....
Beethoven é um alimento para a alma,é como se na sua música estivesse a essencia da Criação,se em Bach temos um novo evangelho em Beethoven temos um Gênesis e um Apocalipse escritos,sentidos nota a nota, pausa a pausa...

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